A caixa mágica
19/01/13 01:00O avô abriu a caixa com um livrão pesado dentro. Para protegê-lo, muitas placas de papelão grosso, duro, bom para construir uma casinha. No momento em que os meninos viram aquilo, seus olhos brilharam: tinham acabado de encontrar um tesouro.
O que fazer com aquela caixa boa e com todas aquelas placas? Podem virar uma garagem? Posto de gasolina? Casa, castelo ou base de observação? “Que nada, vamos fazer uma estação de TV.” Como assim? “Uma estação, ué! Uma placa serve de disco de recepção de satélite. A outra, de tela.” E o resto? “Ah, mãe, é só isso o que existe em uma estação de TV…”
E agora, o que vocês estão fazendo? “É uma garagem para todos os carros aqui da cidade de Bocaina, mãe. Essas plaquinhas fazem umas paredes muito boas. Dá para a gente fazer uma garagem de dois andares, acho que até de três!” Bom, então já volto pra ver o prédio pronto. “Tá bom!”
Ué? E a garagem? O que aconteceu? Agora há pouco vocês estavam estacionando os carros lá! “Ah, a gente começou a parar os carrinhos. Mas vimos que as placas eram muito boas para construir uma pista de corrida e uma balsa para atravessar a poça de lama que tem aí na frente.”
“Bom, agora mesmo, depois que a gente atravessou a poça de lama, estamos usando a caixa como um carro para a Pitucha. Olha como ela vai toda bonitinha, sem latir, enquanto a gente empurra!”