No jardim de uma casa, no caminho para a escola, moram cinco jabutis.

Não é sempre que estão todos à vista. Na maioria das vezes, encontramos dois, no máximo três. Há dois jabutis gigantes, que devem ser bem velhos, e outros três menores.

De vez em quando, avistamos um ou outro ovo, mas a dona da casa já avisou que nenhum deles vingou e, pelo visto, nem vingará, pois é muito difícil que os jabutis se reproduzam em cativeiro. Ela também não soube dizer se os ovos eram comestíveis ou não. Benjamim queria saber se dava para fazer uma omelete com eles.

Com suas bocas miúdas, os jabutis engolem pedaços imensos de frutas, num “glupt” tão rápido que, se você pisca, não vê. Também andam ligeiros, bem mais rápidos do que achamos. De uma hora para outra, estão do outro lado do jardim, atravessando a pequena passarela de pedras.

Ficamos imaginando como seria a escola dos jabutis e que coisas aprenderiam ao longo do período que passariam por lá. Geometria aplicada em cascos? Maior eficiência na tração dianteira (ou traseira)? Esconde-a-cabeça níveis 1, 2 e 3? Ou talvez seja popular entre os jabutis o curso de decoração em espaços mínimos. Batuques e barbatuques no casco.

Será que eles se sentam em carteiras? Mas e o casco arredondado? Não tombam no chão? Não decidimos o que eles aprendem, mas deve ser algo bem cascudo, ah, isso deve ser!