Coluna gripada
18/05/13 00:01E, neste tempo de gripe, ninguém escapa: criança, adulto, cachorro, papagaio –a cada ano, parece que ela fica mais brava. Mas até hoje não sei se a gente esquece como foi no ano anterior e tende a achar que as gripes novas são sempre piores ou se elas o são de fato.
O tempo começa a esfriar, o céu fica mais azul e pláu: a danada se instala, mandando todo mundo de volta para casa, por pelo menos uma semana!
Pegamos uma gripe por aqui. Digo pegamos porque, de repente, a casa toda ficou tomada pelos cuidados com a gripe de seu menor habitante. Inalação para cá, Rinosoro para lá e outros remédios assim ou assado.
A parte boa de estar doente é poder ficar num chamego com a mãe ou com o pai, sentir-se um pouco coitadinho –só o suficiente para que o carinho recebido seja multiplicado por dez. Os pais deixam de pegar no pé por alguns dias e é gostoso ficar nessa leseira, entregar-se ao sono e ao cansaço que a doença traz.
Mas, depois de uma semana de pijamas e deitada, não há criança que aguente tanto quentinho, chamego e cuidados. A doença começa a dar nos nervos, e a vontade de brincar, correr e fazer qualquer coisa, qualquer mesmo, é mais forte do que a moleza.
A essas alturas, o ciclo do vírus já está acabando, e a vida, prestes a voltar ao normal. E, quando você menos espera, está morrendo de vontade de ir à escola novamente.
Quem diria?