Pombas
29/06/13 00:01Sempre que passamos pela esquina da rua Tácito de Almeida com a Cardoso de Almeida, além de imaginar uma grande árvore genealógica que ligue os ilustres senhores que dão nome a tais ruas, nós nos deparamos com uma colônia de mais ou menos 30 pombas que vivem empoleiradas em um fio de alta tensão.
Faça chuva, faça sol, elas estão ali. Nunca reparei se à noite elas também dormem empoleiradas, mas tenho a impressão de que, ao contrário das galinhas, as pombas dormem aninhadas.
Não! Tenho certeza. À noite elas nunca estão por lá. Vocês podem dizer que é bobagem, que existem pombas empoleiradas em fios da rede elétrica em toda a cidade e a qualquer momento. Mas eu estou certa de que são sempre as mesmas pombas que ficam nos fios daquela esquina, espreitando o lixo da barraca de frutas logo em frente.
Uma pomba deve gostar de mamão passado, a outra, dos morangos suculentos. E uma terceira deve se fartar com melões e melancias.
Será que a vaga naquele fio de alta tensão é um direito adquirido que passa de pombo pai para pombo filho? Ou existe uma rinha de pombas na qual elas lutam pelo direito de ficar ali perto do fruteiro?
Pode ser que seja no esquema “quem foi passear perdeu o lugar” e, talvez por isso, aqueles pássaros nunca saiam de lá. Vou investigar. Quem sabe assim entendemos finalmente o que pensam as pombas a respeito da cidade.