Cafunédzicas para cuidado de gnomos radioativos – Cafuné http://cafune.blogfolha.uol.com.br por Clarice Reichstul Mon, 18 Nov 2013 13:27:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Estratégia nº 5.759-b: vestir-se sozinho http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/05/09/estrategia-no-5-759-b-vestir-se-sozinho/ http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/05/09/estrategia-no-5-759-b-vestir-se-sozinho/#comments Thu, 09 May 2013 10:30:32 +0000 http://cafune.blogfolha.uol.com.br/?p=818 Continue lendo →]]>

Mãe e pai de filhos únicos sofrem da maldita síndrome do “mãe-me-veste-agora?” No começo é óbvio que somos nós que devemos vestir os bebês e as crianças pequenas, mas com o correr dos anos e da rotina, um dia nos vemos vestindo uns pirulões, que em pose de pachás absolutos esticam os braços para colocarmos a camiseta e só para encher, ou para nos mostrar o quanto fazemos sem precisar, fazem perna mole na hora de colocarmos a calça.

Não nos tocamos da situação limite, afinal não temos muita referência. Só percebemos quando o amigo – que é o caçula de três irmãos – vem dormir em nossa casa e nos deparamos com uma criança que se veste so-zi-nha. Também temos uma certa culpa, pois geralmente não pensamos no assunto. Vamos fazendo, e quando decidimos que a criança deve se vestir sozinha, apressamos-a porque estamos atrasados e acabamos terminando a tarefa nós mesmos, porque não aguentamos esperar a criança e o tempo dela.

Pausa para mudança de assunto, já voltamos para a questão do vestir sozinho.

Aqui em casa sofremos ainda de outra síndrome que é: “Mãe, quando-é-que-eu-posso-tomar-refrigerante?” Benjamim tem 5 anos e não rola coca-cola ou guaraná nessa administração. De vez em quando ele burla o esquema, com ou sem a conivência de um adulto (mãe inclusa nisso). Sei que não vamos conseguir segurar por muito mais tempo, sei que o “minha mãe não deixa” logo, logo perderá o prestígio que tem, as escapadas serão cada vez mais frequentes e o meu filho vai passar de criança que não bebe refrigerante (anomalia das anomalias!) para “refrigeranter”.

Me debatendo com as duas síndromes acima descritas, encontrei uma solução. Não é a coisa mais perfeita do mundo, mas é a possível, e no nosso caso, o possível é o que há em matéria de educação infantil.

Seguindo a linha dos combinados, combinei com o Benjamim que ele poderá tomar refrigerante nos finais de semana se ele se vestir sozinho. Veja bem, não é se vestir sozinho um só dia e talz, é todos os dias da semana, com pelo menos um mês do cara se vestindo todos os dias para ele ser liberado. É o famoso dois coelhos com uma cajadada só (e a vontade de escrever caixa d’água?). Conto com a preguiça do pequeno em se vestir para postergar o máximo possível a entrada do refrigerante no nosso cotidiano. E ao mesmo tempo, se ele quer ter o direito de uma criança mais velha para tomar uma soda, tem que demonstrar alguma autonomia se vestindo sozinho. Não é prêmio, é consequência, acho eu (mas a linha é muito tênue e passível de debate). E o que vocês acham? Como lidam com o refrigerante? E o se vestir sozinho?

 

 

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contando carneiros para boi dormir http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/04/25/contando-carneiros-para-boi-dormir/ http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/04/25/contando-carneiros-para-boi-dormir/#comments Thu, 25 Apr 2013 21:19:55 +0000 http://cafune.blogfolha.uol.com.br/?p=729 Continue lendo →]]>

(na imagem acima, o adorável Shaun, the Sheep)

A hora de colocar as crianças para dormir é um tradicional campo de batalha entre os desejos de pais, mães, filhos e filhas. Queremos que eles durmam logo, de preferência sem a nossa ajuda ou colo. Ou quando muito pequenos, bebezinhos de tudo, nos acabamos balançando e acalentando-os até o sono e a bursite chegar.

O método pra lá de aprovado, indicado e blá-blá-blá é contar uma boa história com a luz baixinha, voz lenta e pausada, aquelas coisas. Mas quando a criança é agitada e em vez da história servir como um lento e gostoso guia para o sono, serve para atiçar a curiosidade, a imaginação e (para ódio mortal dos pais da criatura) uma excitação louca e animada?

Minha irmã, mãe de uma adorável e encapetada criatura de 3 anos usa o método de contar carneirinhos com algumas peculiaridades.

Ela começa contando carneirinhos com características físicas: “1 carneirinho, branco, fofinho e macio pulou a cerca…”

“2 carneirinhos magrinhos e sorridentes pularam a cerca…”

e por aí vai até o quinto carneirinho. A partir do sexto é: ” seis carneirinhos, sete carneirinhos, oito carneirinhos…”

Do décimo-primeiro em diante ela simplifica mais ainda e continua a contar: ” 11, 12, 13, 14, 15…” E vai contando com muita calma e tranquilidade até o 37, que é quando geralmente o Antonio dorme. Continua até o 50 para consolidar a parada.

Quando ela nos contou seu método, caímos na risada, afinal, é apenas uma contagem feita com uma voz macia e calma. Mas ela disse que foi a única alternativa que encontrou de fazer seu filho entrar no estado pré-sono sem se distrair e animar com as histórias que ela contava (“história agora só quando o Antonio está muito cansado!” ela disse).

Contei essa história para uma amiga que edita uma revista de yoga e ela achou a coisa mais natural, afinal para ela, a contagem tem um paralelo com um mantra de meditação.

E vocês? o que fazem para por seus filhos para dormir?

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Lanches dois, a missão http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/03/05/lanches-dois-a-missao/ http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/03/05/lanches-dois-a-missao/#respond Tue, 05 Mar 2013 16:43:31 +0000 http://cafune.blogfolha.uol.com.br/?p=517 Continue lendo →]]>

Depois do post sobre o drama do lanche escolar, no fb e na padaria em frente à escola a conversa ferveu e eu saí com muuuuuuuuitas dicas de pais e mães. Também dei uma fuçada por aí, procurando algo além da clássica dica: suco + carboidrato + proteína + fruta (ou legume). Me lembrava que uma vez lí umas dicas da Nina Horta sobre lanches e merendas, elas escreveu um livro bem legal a respeito do assunto chamado “Vamos Comer”, editado pelo Ministério da Educação. O livro tinha distribuição gratuita, portanto não é encontrado em livrarias. Deve estar fora de catálogo, mas é facilmente encontrável na Estante Virtual. O meu eu comprei num sebo de rua mesmo. Vale pela reflexão sobre o assunto, pois trata das merendeiras, suas experiências,  as crianças, enfim, todo o universo de alimentação infantil dentro da escola. E tem algumas receitas legais.

Mas voltando às tais das dicas, achei as benditas, tinham aparecido numa revista da folha, link aqui. Uma coisa que eu me liguei é que não dá muito para querer inovar e variar no lanche se as crianças não acham graça em coisas muito diferentes. Mas ao mesmo tempo também não podemos entrar na sinuca de bico “banana, bisnaguinha com requeijão e suco de uva” todos os dias, porque aí é que as crianças não serão mesmo apresentadas a novos sabores. Então acrescentamos uma nova variável à nossa equação: lanche saudável + variado + gostoso + novos sabores + prático, creeeeeeeedo!

Mesmo as dicas na interwebs são meio que todas parecidas: bisnaguinha, sanduichinho de peito de peru com requeijão, banana, biscoito, maçã, água de coco, frutas secas, castanhas e talz. No levantamento com os amigos via FB surgiram algumas alternativas além dos tradicionais de sempre, resolvi fazer um resumido das dicas, porque algumas coisas todo mundo meio que já faz, como não comprar suco de caixinha cheio de açúcar, neam? (quem faz isso pode aproveitar a deixa para parar de fazer sem dar bandeira).

Aliás, no quesito suco, pelo que eu entendi é melhor dar preferência para os sucos que você pode controlar o açúcar que vai nele, então é óbvio que o de fruta fresca é preferível apesar de nem sempre possível, então vale polpa congelada, maguary e afins, o negócio é escolher os que não tem açúcar (nem adoçante, dã) em sua composição. A outra coisa é suco de água. Ninguém precisa tomar suco todo dia e em todas as refeições e lanches, pode sim tomar água, não machuca.

A Cynara Menezes contou que na Espanha seu filho mais velho adorava os sanduíches que eram preparados por lá, como pão com ovo, pão com patê e pão com chocolate (que também é um hit em Portugal). Já o mais novo não quer saber de nada além de bolo de rolo e biscoito. O Duda Raccah, lá da Alemanha deu uma ótima idéia de um sanduiche de presunto mais turbinado, com pesto e lascas de parmesão para dar um tchans. Misturar ricota com um pouco de tomate, manjericão e azeite. O Fabio de Paula, que não tem filhos mas se lembra muito bem de como era na sua infância sugeriu uma série de lanchinhos libaneses como pão sírio com cenoura ralada e ricota, pão integral com chancliche, pão com pepino em conserva e queijo, pão com patê de ricota e azeitona. Acho que podemos pensar em variar os pães, além dos recheios. As frutas secas e castanhas são um sucesso entre muitos pais, porque são fáceis de estocar e dá para ter uma variedade – figo, ameixa, uva, banana, tâmaras, damascos, pera, manga. Nas castanhas dá para variar das nozes e amêndoas e tentar também semente de girassol, semente de abóbora,castanha de caju, amendoim, macadâmia, pecan, castanha do pará. Um jeito legal de preparar pode ser fazendo uma torra diferente, com algum tempero ou especiaria além do sal (tem receita no link para as dicas da Nina Horta).

A Moira Malzoni sugeriu beiju de tapioca, que pode ser usado no lugar do pão, com recheio doce ou salgado, além de biscoito de polvilho e paçoca. Queijo cortado em cubinhos, tomatinhos e frutas podem virar espetinhos e a sugestão que eu vi por aí e achei legal é fazer esse espetinho num canudo pra não furar o olho de ninguém. No quesito legumes, a Mariana Rocha sugeriu saladinha de tomatinho, cenourinha e coração de alface e também dá para mandar palitos de cenoura, pepino, salsão, erva doce com uma vinagrete mais suave (em que você acrescenta o suco de meia laranja e umas folhinhas de salsinha e cebolinha picadas) para molhar os palitos, além de usar homus e tahine no pão no lugar do requeijão e afins.

Das coisas que eu li, algumas dicas legais: dá para fazer bolo em forma de cupcakes e congelar (aí eu tive uma idéia meio que mirabolante, mas que pode ser uma boa, que é fazer uma massa básica e colocar um “recheio” diferente em cada uma das forminhas – nozes, fruta picadinha, gotas de chocolate, etc…), assim como pãezinhos e pão de queijo – esse vc congela antes de assar, hein?

Outras dicas coletadas por aí: milho cozido, ovo de codorna, bananinha de Paraíbuna sem açúcar, barrinha de cereal feita em casa (esse precisamos da receita!), iogurte feito em casa com geléia ou mel.

Tive um período de obsessão por muffins e descobri que dá para fazer uns muffins salgados bem gostosos, que fica num meio do caminho entre torta de liquidificador e quiche, que funciona bem para o lanche (a receita que eu vi tem um recheio de alcachofra e azeitonas, mas dá para você ir variando nos recheios, eu não usei alcachofra, por exemplo) e não são uma coisa über gorda, são feitos com queijo cottage. Também fiz uns de mirtilo com limão, que dão um tchan extra no bolo simples.

Quem tiver receitas e idéias que ache graça compartilhar, compartilhe, quem sabe a gente não consegue fazer um reservatório de receitas, idéias e afins do tema?

Receita de pãozinho caseiro da Cynara Menezes:

ingredientes:
1 copo americano de leite morno,
1 copo americano de água morna,
meio copo de óleo,
três colheres de sopa de açúcar,
1 colher de chá de sal,
1 colher de sopa cheia de fermento biológico (para pão),
farinha de trigo que baste (mais de meio quilo).

modo de preparo:
misture o leite com a água, o açúcar e o fermento e deixe descansar por 10 minutos. acrescente os demais ingredientes deixando por último o sal. amasse bem e coloque pra descansar por 1 hora. modele os pãezinhos e deixe descansar novamente por mais uma hora. asse em forno quente.

obs: se você quiser um pãozinho ainda mais fofo, acrescente um ovo e troque o óleo por manteiga.

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Dica pra bumbum de neném http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/02/21/dica-pra-bumbum-de-nenem/ http://cafune.blogfolha.uol.com.br/2013/02/21/dica-pra-bumbum-de-nenem/#respond Fri, 22 Feb 2013 00:17:10 +0000 http://cafune.blogfolha.uol.com.br/?p=501 Continue lendo →]]>

Daquelas coisas que quando os nossos filhos crescem a gente esquece, mas para mães de primeira viagem ou que nunca tiveram o drama da assadura master, vale a pena lembrar: MAIZENA! É o que realmente funciona quando o assunto é assadura séria, bem mais do que b-pantol ou outras pomadas mais fortes. É ridículo de barato e fácil de achar e é impressionante como funciona. Lava a creonça e passa feito talco. Quantas vezes forem necessárias, mas não são muitas não… Pena que ainda não encontrei outros usos (que não culinários) para ela, senão ia ser a panacéia bebezal perfeita!

 

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