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Cafuné

por Clarice Reichstul

Perfil Clarice Reichstul é formada em cinema e escreve semanalmente na Folhinha

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Mundo na vitrine

Por Folhinha
20/10/12 00:01

 

ilustração de Andrés Sandoval

 

 

A Casa Aero-Brás fica na rua Major Sertório, 192, no centro de São Paulo. Quem passa pela rua e vê uma vitrine cheia de miniaturas de carros, aviões e trens não dá muito pela pequena loja que ali se encontra. Mas é só cruzar suas portas, que o tempo se suspende e você está num mundo novo, cheio de aviões de todas as épocas e tamanhos, que podem voar a partir da propulsão de um elástico ou de um motor.

A história da aviação mundial está ali representada em todos os seus modelos, cores e formatos.

Embarcamos nesses aviões que levam os adultos de volta à infância e as crianças ao mundo das maravilhas. Dos aviões passamos para os trens, locomotivas e vagões. Os trilhos são infinitos, e rodamos sobre seus dormentes minúsculos, vendo da janelinha árvores, bancos, gramados e crianças.

Banhistas em miniatura abanam suas mãos em direção à nossa janela, felizes com o sol quente da lâmpada de 200 watts.

Casas, prédios, estabelecimentos comerciais de madeira, balsa ou papelão que podem ser comprados, já montados ou não, passam por nós durante a viagem. Vemos também por lá uma infinidade de papéis que imitam diferentes pisos e materiais e são usados em casinhas de mentira.

Lá no fundo, aparece uma floresta de árvores para maquetes. Árvores brasileiras, das que a gente vê no nosso dia a dia. É um pouco como ser Gulliver e passear por Liliput, mas aqui no centro da cidade.

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Fugere Maternitatem, ou melhor, Arcadismo Materno, ou melhor ainda, férias dos filhos!

Por creichstul
16/10/12 05:00

Lembra quando estudávamos o Arcadismo na aula de literatura brasileira da escola? Marília de Dirceu, Cartas Chilenas e aquelas outras coisas  meio, hããã, soníferas? Os árcades, de saco cheio da cidade, resolvem propagandear a fuga ao campo, a vida mais simples e tal.

Venho aqui propor o movimento Fugere Maternitatem, ou melhor, Arcadismo Materno, ou melhor ainda, férias dos filhos!

No primeiro ano de maternidade, somos só preocupação e apego, afinal, temos que garantir que aquela vida que nasceu tão pequena e frágil (pelo menos em nossas cabeças acreditamos que bebezinhos são de cristal da Bavária) se desenvolva, cresça, aprenda coisas. São milhares de descobertas de tirar o fôlego, muitas primeiras vezes, aquela avalanche de emoções.

No segundo ano, as primeiras vezes continuam, muitas outras descobertas e coisas fofas e emocionantes, mas num volume um pouco menos estarrecedor, e nesse ponto, todo mundo já está bem mais escolado no assunto.

No terceiro ano o monotema maternidade começa a dar nos nervos e você se vê finalmente louca por um filminho no cinema, uma baladinha sem compromisso, ler um livro ou ouvir um disco inteiro, prestando atenção na música como você costumava fazer antes da gnomada aparecer. Nas festinhas infantis, que são infinitas, você começa a fugir das rodinhas de mães que falam mal da escola ou do método revolucionário para fazer a criança comer quiabos. Nessas alturas, aquela sua idéia de criar roupas pra criança já foi por água abaixo, afinal dá trabalho como todo o resto e trabalho por trabalho, você já tem o seu. E aquela vontade de postar todo dia no seu blog de mãe vai dando uma esfriada, porque parece… trabalho.

E a pressão vai aumentando e uma hora, se você for minimamente sã, o saco cheio explode e é hora de tirar férias do filho (e do marido – acredite, nesse ponto, ele já deu a sua escapada – pais são bem menos bobos que as mães).

Um fim de semana resolve, mas três dias é bem mais indicado, de preferência fora da nossa própria casa, na casa de algum amigo ou amiga que tem uma coleção de discos incrível, livros ótimos que você já tenha lido antes – assim você não tem a obrigação de terminá-los. O ideal é que chova ou que faça um sol ameno, o importante é não ter nenhuma obrigação, se quiser vagabundear a tarde toda na rede, pode, se quiser tirar um cochilo, pode também. Ir no parque talvez não seja uma boa, afinal, é férias de filhos e filhos = parque. Passar uma tarde no cinema também pode, mas não filme infantil, mesmo que você queira.

Ir pro bar e beber é quase obrigatório, afinal, nas suas férias, se você ficar de ressaca tudo bem, não tem que olhar criança no dia seguinte.

Lembre-se dos árcades e tudo dará certo:

Inutilia truncat (cortar o inútil) – não vá querer fazer muita coisa, quanto menos melhor!

Carpe diem (aproveitar o dia) – pode ser aproveitar o dia na horizontal, ninguém vai reparar!

Fugere maternitatem (fugir da maternidade) – nada de contato com ou conversa sobre crianças hein? Nem mesmo um meme de youtube, deixe isso pra depois!

Locus amoenus (lugar ameno) – cama, rede, praia, boteco, qualquer lugar que você possa ficar quieta ou falar pelos cotovelos se quiser!

Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro) – menos é mais, um chicabon só pra você, uma bala que você não tem que comer escondida pro filho não passar vontade, um chuveiro sem hora pra acabar (a gente não é sócio da Sabesp pra ficar gastando água assim, mas  nessas férias pode)!

Na volta, você até sente saudades da cria, do marido, da casa. Despressurizou, descansou e fica feliz da vida por voltar a padecer no Paraíso.

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Videos que as crianças (ainda) não sabem que gostam

Por creichstul
15/10/12 20:02

Hoje começa o blog Cafuné, um complemento à minha coluna semanal na Folhinha do mesmo nome. Tenho um filho, o Benjamim, que tem 4 anos. Nós travamos uma batalha semanal em frente ao computador. Depois das sapeadas iniciais dele no meu próprio computador e a consequente monopolização do mesmo para videos do hot wheels e afins no youtube, decidi que ele teria direito a uma hora semanal na frente do computador, todas as quartas feiras, depois do banho e do jantar.

Ele passa a semana inteira perguntando que dia é o dia do computador, acho que na vã esperança que eu bobeie no combinado e deixe ele assistir o youtube numa segunda ou quinta feira.

Acabamos sempre começamos com algum video do hot wheels que descamba para os malditos videos de resenha de brinquedo que infestam a internet. Você já viu algum desses? São completamente entediantes, com uma pessoa segurando uma caixa de brinquedo enquanto descreve o pedaço de plástico, de onde é, pra quem serve, o que tem e etc… O Benjamim tem as manhas de assistir um video desses em alemão e achar muito interessante.

Começamos nossa batalha aí, eu digo “Nossa, que coisa chata!” e ele retruca “Não é não, é muito legal!” e eu vou tentando sair do consumismo que o consome quando vê esses videos colocando outras coisas. Nessa, chegamos no segundo acordo: escolhemos videos alternadamente. O acordo funciona porque eu bato pé e também porque acabo escolhendo coisas que ele ainda não tem conhecimento nem acesso e que não necessariamente são para crianças.

Tem muita coisa legal por aí que elas ainda não sabem que gostam simplesmente porque não foram apresentadas. Cabe a nós propor esse tete-à-tete. Vão aqui algumas sugestões que fizeram muito sucesso aqui em casa, independentemente da língua falada no video, às vezes só as imagens já bastam!

A Haka é uma dança tradicional dos Maoris, povo aborígene da Nova Zelândia. Homens e mulheres fazem danças diferentes para assuntos diferentes. No caso abaixo, é a dança da guerra, que serve para assustar o inimigo. Reparem nas caretas, são incríveis:

Outro video que faz grande sucesso por aqui é um sobre a instalação do artista Chris Burden, “Metropolis II”. É uma escultura-pista para Hot Wheels que comporta mais de 1000 carrinhos correndo num ritmo alucinado:

Apesar do humor do grupo inglês Monty Python ser tradicionalmente relacionado aos jogos de palavras absurdos e os diálogos insanos, existem muitos quadros cujo humor é facilmente entendido pelas crianças, como a dança do peixe:

Na mesma seara do humor, mas um pouco mais antigo, tem a participação do Harpo Marx (dos Irmãos Marx) no programa da Lucille Ball, “I Love Lucy” que é de rolar de rir:

E por último, um dos  assuntos que mais gostamos por aqui, os mecanismos de Rube Goldberg (são aquelas máquinas malucas de causa e efeito que usam diversos princípios de física para serem construídas e viviam aparecendo em desenhos animados antigos). Esse video é especial porque mostra o mecanismo construído por um menino de 6 anos, que vibra quando a coisa dá certo:

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Colunas

Por Folha
02/10/12 23:02

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