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Cafuné

por Clarice Reichstul

Perfil Clarice Reichstul é formada em cinema e escreve semanalmente na Folhinha

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Pombas

Por Folhinha
29/06/13 00:01

Sempre que passamos pela esquina da rua Tácito de Almeida com a Cardoso de Almeida, além de imaginar uma grande árvore genealógica que ligue os ilustres senhores que dão nome a tais ruas, nós nos deparamos com uma colônia de mais ou menos 30 pombas que vivem empoleiradas em um fio de alta tensão.

Faça chuva, faça sol, elas estão ali. Nunca reparei se à noite elas também dormem empoleiradas, mas tenho a impressão de que, ao contrário das galinhas, as pombas dormem aninhadas.

Não! Tenho certeza. À noite elas nunca estão por lá. Vocês podem dizer que é bobagem, que existem pombas empoleiradas em fios da rede elétrica em toda a cidade e a qualquer momento. Mas eu estou certa de que são sempre as mesmas pombas que ficam nos fios daquela esquina, espreitando o lixo da barraca de frutas logo em frente.

Uma pomba deve gostar de mamão passado, a outra, dos morangos suculentos. E uma terceira deve se fartar com melões e melancias.
Será que a vaga naquele fio de alta tensão é um direito adquirido que passa de pombo pai para pombo filho? Ou existe uma rinha de pombas na qual elas lutam pelo direito de ficar ali perto do fruteiro?

Pode ser que seja no esquema “quem foi passear perdeu o lugar” e, talvez por isso, aqueles pássaros nunca saiam de lá. Vou investigar. Quem sabe assim entendemos finalmente o que pensam as pombas a respeito da cidade.

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pautas do Benjamim

Por creichstul
28/06/13 07:23

Hoje, perguntando ao Benjamim sobre o que eu deveria escrever no blog, primeiro ele perguntou o que era o blog, eu, num simplismo quase que vergonhoso, disse que a coluna eu escrevia no jornal e na internet era o blog. Acho que ele se contentou com a minha resposta de preguiçosa e sai despejando sua pauta de assuntos favoritos, para eu compartilhar com vocês. Que manifestação, Pec 37 ou transporte público que nada, entre ele e seus colegas o que pega mesmo é:

– o álbum do Angry Birds Star Wars – só faltam 5 figurinhas para completar! (nota da mãe: que gente mais esperta que junta duas febres numa coisa só, acho que esses finlandeses são demoníacos);

– gelatina de laranja não tem graça, bom mesmo é gelatina de morango e framboesa;

– a nave do star wars de lego que o meu primo André construiu no Canadá, aliás, mãe, quando é que a gente vai pro Canadá?

– não gosto mais de comer abóbora nem de couve;

– vamos ver o filme das Tartarugas Ninjas mais uma vez (nota da mãe II: já foram umas 100 vezes);

– arco e flecha e estilingue (do Angry Birds, é claro!);

– a história da Nádia que ia ser comida pela Bruxa mas foi salva pelo seu irmãozinho,o Bashir (nota da mãe III: dos Contos da rua Brocá, vale muito a pena ler, é demais!)

 

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5 videos em slow motion

Por creichstul
24/06/13 12:00

O slow motion, camera lenta em português, é um método de filmagem em que se filma ou grava a imagem em alta velocidade para que depois ela seja exibida em velocidade normal. O que acontece? Ela fica super lenta e podemos examinar o movimento nos mínimos detalhes, coisa que seria impossível na velocidade normal das coisas. Vamos aos nossos 5 videos da semana, bem devagar…









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Zuuuuuuuuum

Por Folhinha
22/06/13 00:01

Nós nos sentamos à mesa, caixas do supermercado ao nosso alcance. Lado a lado, eu com um estilete e Benjamim com a tesoura. Como numa operação, vamos abrindo a caixa, descolando aqui, cortando acolá. Retiro fatias do papelão, bem lisas e duras. Acho que acertamos na escolha do objeto.

Dois pedaços retangulares iguais. Dobro uma ponta, passamos a fita adesiva vermelha –ela é mais forte que a crepe ou o durex. Colamos com cuidado uma parte na outra e temos a dianteira do nosso carro. Na parte de trás, grudamos uma tira menor, dobrada em três, que faz uma traseira elevada para a “caranga”.

Agora, só falta a alça de clipes na frente para poder encaixar o carrinho no estilingue-garagem. Esse pedaço do trabalho é importante: o estilingue-garagem tem que ficar bem firme para aguentar o elástico esticado, tensão que dispara o carrinho sem rodas pelo assoalho da sala.

Tentamos uma vez, não dá certo. Tentamos outra vez: “Mãe, esse treco não funciona!”. Na terceira tentativa, acertamos e… zuuuuuuuuum! O carrinho dispara à nossa frente, deslizando pelo chão para a alegria de Benjamim e alívio meu, afinal, eu que inventei essa história toda. E se por acaso não tivesse dado certo?

Naquela tarde, construímos três carrinhos com garagens-estilingue para ele e seus amigos. Nunca um simples pedaço de papelão e um elástico geraram tamanha alegria em nossa casa.

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Parque Gezi, São Paulo

Por creichstul
17/06/13 15:46

Reproduzo aqui a mensagem que recebemos no grupo de pais e alunos da Escola Alecrim no Facebook, da Stella M. Chiarelli. Ela mora em Istambul e nos conta das manifestações por lá:

“Oi pessoal da Alecrim! Não sei se todos me conhecem, mas sou filha da Silvia Macedo Chiarelli e irmã da Luanna Luli Chiarelli. Moro em Istambul e estou acompanhando de muito perto os protestos e a ação da polícia por aqui.
Ontem eu estava no Parque Gezi (onde pessoas estão acampadas há duas semanas) um pouco antes da polícia entrar com força total e destruir todo o acampamento e usar da violência para tirar as pessoas de lá!
Esse video mostra as criancas que estavam no parque. Foi montada uma barraca que se chamava “Ateliê para crianças” onde elas podiam pintar, desenhar, brincar e etc. Por favor assistam o video! É lindo!! E se puderem compartilhar seria ótimo. Nós aqui na Turquia estamos tentando mostrar para o mundo que os manifestantes de Taksim não são terroristas e baderneiros como a midia tem falado!!
Muito obrigada!”

 


***************

E aqui? Como explicamos o que está acontecendo para as crianças? Eu não sei. Que dureza que é mostrar ou tentar explicar para um filho ou filha a violência com que o estado rechaça uma manifestação pública do povo que em tese deveria proteger. Mas, ao mesmo tempo, me sinto uma anta catatônica que não tem noção da realidade, porque quem mora na periferia deve já deve ter desistido de entender os motivos disso faz tempo. Então vamos pra rua.

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Sobre sonhos

Por Folhinha
15/06/13 00:01

“Só um tapinha não dói, um tapinha! Só um tapinha não dói!” Benjamim, então com quatro anos, passava o dia inteiro cantando isso. Sempre acompanhado de um tapa na bunda de quem estivesse por perto, para o desespero da mãe metida a intelectual.

“Onde já se viu menino cantar música de tapinha?”, pensava eu, na minha ingenuidade de mãe. Somos ingênuas, principalmente com o primeiro filho. Queremos que sejam uns gênios, mini Mozarts ou mini Marie Curies. Achamos que serão os melhores, mais rápidos, inteligentes e perfeitos filhos e filhas que existem.

Tem pai que acredita que a filha vai ser atleticana, enquanto outra mãe vai colocar o filho numa dieta rígida de música clássica. Encasquetamos com umas coisas e… vixe Maria! Como é difícil abrir mão desses sonhos que sonhamos para vocês.

É que tudo o que não conseguimos ou pudemos realizar em nossas vidas queremos para vocês, filhos. Não é por mal não, viu?

Mas tratem de sonhar os sonhos próprios. No fundo, gostaríamos que fossem pessoas íntegras, que soubessem viver um pouco melhor do que nós vivemos. Só não conseguimos colocar isso em palavras.

E seguimos querendo um filho jogador de futebol, médico, cientista, músico, advogado ou dentista. É tudo bom, claro, mas quem escolhe, lá no fundo, são vocês. Vivam seus próprios sonhos que tudo dá certo no final.

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5 videos incríveis de ioiôs!

Por creichstul
13/06/13 11:19


Voltando com a série dos 5 videos de alguma coisa (incrível!). Dessa vez são os ioiôs. É impressionante o que esse povo faz. Diz a lenda (ou a wikipédia, você escolhe) que os primeiros registros de ioiôs são da Grécia Antiga. De lá pra cá as coisas foram evoluindo e tem gente que pratica a arte até no espaço. Vamos ver?

 


(via thekidshoudseethis)





~Update!~
O Edu Saretta me mostrou esse video do Rafael Matsunaga aka RED, que é massa, em vários pontos reconhecíveis de São Paulo…


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feito à mão

Por creichstul
11/06/13 12:52

A última moda aqui em casa é fazer presentes de aniversário. Estamos naquela época do ano em que tem uma, duas ou três festas por fim de semana e eu acabo ficando completamente louca com a compra dos presentes. Como combinar o preço com algo que realmente faça sentido?

Esse sentido é que eu tenho a impressão que se perde nessas situações, em que o volume de compromissos nos faz:

1) zanzar de uma festa para outra feito baratas tontas, sem aproveitar nenhuma delas

2) comprar presentes por comprar, sem pensar direito se a criança vai gostar, se tem a ver, enfim, vira uma obrigação;

e essa obrigação é o que mata a vida. Mata porque vamos como autômatos de festa em festa sem pensar, sem sentir. Não estamos lá nem estamos cá. Não aproveitamos a companhia, não temos a sensação de celebração real daquela vida, daquela família, perdemos a razão do todo.  Talvez isso seja um pouco ou muito piegas, não sei. Mas sinto falta do sentido. Por que celebramos?

Divagações à parte, resolvi que os presentes que daríamos de agora em diante seriam todos feitos por nós. E agora? Primeiro tive que convencer o Benjamim que um carrinho feito em casa é muuuuuuito mais legal que o carrinho do Batman. Depois, tive que convencê-lo que ele faria o presente junto, afinal, um presente feito por nós seria muito mais importante, mais significativo, o amigo ia lembrar, blá, blá, blá… Consegui prender a atenção dele por uns instantes. Nos sentamos para fazer o tal do carrinho, que se move por um tipo de estilingue feito de elástico e papelão.

Começamos bem, Benja cortando fita crepe, eu cortando papelão, cola uma coisa aqui, cola outra parte acolá e 10 minutos depois: “Mãe, cansei de fazer o presente do Tomasinho, vou andar de patinete…”

Bom, quem começou tem que terminar. Depois de algumas horas, voilá, carros prontos. É óbvio que o Benjamim quis ser o primeiro a brincar (eu também queria…). Tentou uma vez, duas, três e não acertava a manha do elástico.  Foi taxativo, o brinquedo era chato. Tentei uma vez, deu certo, há!, ganhei! Brincadeira, mas ele ficou mais interessado. Demos uma ajustada no elástico e na vez dele, o carrinho zuniu pelos tacos do chão. Conseguiu, yes!

Agora a minha proposta não era assim mais tão despropositada e de repente, fazer um presente para o amigo não pareceu ser uma chatice sem fim.

Resultado da história? Bom, demora pra fazer o presente. Não é sempre que dá para fazer de uma hora para outra, exige um certo planejamento. Decidi que faremos presentes sempre que pudermos, mas tudo bem comprar um quando não der tempo!

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Palavras mágicas

Por Folhinha
08/06/13 00:01

Para fazer o mar Vermelho se abrir, Moisés disse “por favor”. Para que ele se fechasse sobre o Exército egípcio, só precisou dizer “muito obrigado”!

Já o Ali Babá demorou um tempão para abrir a caverna dos 40 ladrões porque nunca ouvia a última parte do comando: “Abre-te Césamo… por favor!”.

Rapunzel achou o príncipe um rapaz muito grosseiro, pois ele exigia suas tranças da mesma maneira que a bruxa má, sem um pingo de educação. Só o deixou subir à torre depois de ouvir a tal da palavrinha mágica.

Dizem que o Gato de Botas conseguia tudo o que queria por causa do “por favor” e do “obrigado”, expressões absolutamente desconhecidas pelo seu amo e senhor, o Marquês de Carabás.

Pais e mães já tentaram de todas as maneiras ensinar essas duas expressões para as crianças, mas não adianta. Repetem de cinco em cinco minutos: “Como é que se diz, filha?”, “E a palavrinha mágica, filho?”.

Talvez a coisa toda não funcione porque os adultos não usem essas palavras mágicas com a frequência que deveriam. Ou, quando as usam, é de maneira tão automática que seus sentidos se esvaem.

Outra possibilidade é que os adultos tenham esquecido o que essas palavras realmente queiram dizer.

Nesse caso, não existe outra solução além de vocês contarem para eles a história da Chapeuzinho Verde, que, pedindo “por favor” e dizendo “obrigado”, ensinou ao gigante uma bela lição!

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Bichos em casa

Por Folhinha
01/06/13 00:01

Mimi durou mais ou menos um ano em nossa casa. O jabuti tinha mania de andar apressado pelo quintal. (Ou apressada? Acho que nunca soubemos se era macho ou fêmea). Era comilão, gostava de mamão e caqui. Na sua pressa, sempre caía da escada para o portão. A terceira queda foi fatal.

Já o coelho durou menos ainda. Era do meu irmão. Andávamos agarrados a ele pra lá e pra cá. Um dia o bicho amanheceu morto, não sabemos ao certo o que aconteceu. Mais tarde alguém nos disse que coelhos são frágeis, o que não serviu muito de consolo.

Ainda tivemos pintinhos, cachorros, peixes e até uns patinhos amarelinhos que meu outro irmão ganhou –moravam na banheira do banheiro das crianças. O cheiro era insuportável. Foram de mudança para o terraço. Não deu muito certo, ninguém conseguia entrar lá, de tanto cocô que havia no chão.

Um cachorro, o Chicolini, tinha mania de roubar as calcinhas penduradas no varal. Uma cachorrinha, a Pituca, mordia o que via na frente, de canela de gente a pé de mesa.

Uma vez encasquetei de “chocar” um ovo de granja: fiz um ninho bem macio de algodão numa cesta e improvisei uma chocadeira com uma lâmpada quente em cima, crente que dali a um tempo sairia um pintinho lindo e fofo. Não nasceu, é óbvio.

Sem contar a Surica, uma cachorra louca que merece uma coluna inteira só pra ela no mês de agosto, o chamado mês do desgosto…

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