E o fantástico comandante canadense Chris Hadfield, da estação espacial internacional, além de mostrar pra gente como é que se faz um monte de coisas corriqueiras no espaço, com gravidade zero, agora ataca um cover da clássica música do David Bowie, “Space Oddity”, que tem todo um sabor especial quando cantada de lá, do espaço sideral de verdade!
Olha só que coisa super legal para organizar e guardar brinquedos pequenos e tranqueiras em geral. Segundo o site da empresa, o swoop é uma modernização do saco para guardar brinquedos que a avó da criadora fazia para os netos. As cores são lindas e eles entregam no mundo inteiro. O preço (US$48,00 no grande e US$24,00 no mini) é caro, mas putz, do jeito que as coisas estão hoje em dia, acho que meio que vale, não? Ou vale a pena tentar fazer em casa mesmo…
Todas as noites, enquanto Penélope desfaz sua teia, Ulisses nos visita aqui em casa. Ele conta histórias de guerra e de amor, feitos grandiosos e mesquinharias odiosas. Ele mostra que até mesmo os heróis fazem burradas e que os deuses gregos, que vivem no Olimpo bebendo néctar e comendo ambrosia, são capazes das maiores crises de inveja e ciúme –fariam corar até a vilã mais encardida da novela das nove.
Calipso, a ninfa de belas tranças, insiste em nos aprisionar em sua ilha, inventando mil e um artifícios para nos fazer ficar por ali.
O deus Poseidon morre de ódio de Ulisses, que furou o único olho de seu filho, o ciclope Polifemo. E, por isso, amaldiçoou o herói a vagar pelo mundo por 20 anos antes de voltar a Ítaca (terra natal de Ulisses).
Ao longo de nossas noites lendo a “Odisseia” –na versão infantil da Ruth Rocha (ed. Salamandra, R$ 42,90)–, visitamos Esquéria, pátria dos feácios, e também a triste Troia, palco da terrível guerra narrada no livro “Ilíada”.
Ficamos sabendo como os pretendentes de Penélope fazem festas e banquetes fenomenais. Choramos com Ulisses ao reencontrar seu cão, Argo, que esperou o dono por 20 anos para poder morrer em paz.
E, aos poucos, nos aproximamos da terrível e mortífera vingança de Ulisses contra os príncipes que tentam se casar com a bela Penélope.
Mal podemos esperar para ler mais um pouco na próxima hora de dormir!
Se um dia eu tiver uma filha, e quando essa filha imaginária for adolescente, eu quero que ela goste muito da Tavi Gevison. Ela é o máximo. Quando era piveta lançou um blog de moda, o Style Rookie, depois fez a revista online Rookie Mag, feita por e para adolescentes e além de tudo, é feminista. Hoje ela é uma jovem mulher que quer ver novas representações de mulheres por aí. Ela quer contradição, complexidade. E ver o video dessa menina-mulher tão jovem, sendo tão clara a respeito de questões tão fundamentais à existência feminina hoje, dá um gosto danado, dá uma sensação muito boa de que é possível sim, não é maluquice ter filhos no mundo de hoje. (Para a legenda no video, clicar no ícone na barra inferior e escolher o idioma favorito)
Mãe e pai de filhos únicos sofrem da maldita síndrome do “mãe-me-veste-agora?” No começo é óbvio que somos nós que devemos vestir os bebês e as crianças pequenas, mas com o correr dos anos e da rotina, um dia nos vemos vestindo uns pirulões, que em pose de pachás absolutos esticam os braços para colocarmos a camiseta e só para encher, ou para nos mostrar o quanto fazemos sem precisar, fazem perna mole na hora de colocarmos a calça.
Não nos tocamos da situação limite, afinal não temos muita referência. Só percebemos quando o amigo – que é o caçula de três irmãos – vem dormir em nossa casa e nos deparamos com uma criança que se veste so-zi-nha. Também temos uma certa culpa, pois geralmente não pensamos no assunto. Vamos fazendo, e quando decidimos que a criança deve se vestir sozinha, apressamos-a porque estamos atrasados e acabamos terminando a tarefa nós mesmos, porque não aguentamos esperar a criança e o tempo dela.
Pausa para mudança de assunto, já voltamos para a questão do vestir sozinho.
Aqui em casa sofremos ainda de outra síndrome que é: “Mãe, quando-é-que-eu-posso-tomar-refrigerante?” Benjamim tem 5 anos e não rola coca-cola ou guaraná nessa administração. De vez em quando ele burla o esquema, com ou sem a conivência de um adulto (mãe inclusa nisso). Sei que não vamos conseguir segurar por muito mais tempo, sei que o “minha mãe não deixa” logo, logo perderá o prestígio que tem, as escapadas serão cada vez mais frequentes e o meu filho vai passar de criança que não bebe refrigerante (anomalia das anomalias!) para “refrigeranter”.
Me debatendo com as duas síndromes acima descritas, encontrei uma solução. Não é a coisa mais perfeita do mundo, mas é a possível, e no nosso caso, o possível é o que há em matéria de educação infantil.
Seguindo a linha dos combinados, combinei com o Benjamim que ele poderá tomar refrigerante nos finais de semana se ele se vestir sozinho. Veja bem, não é se vestir sozinho um só dia e talz, é todos os dias da semana, com pelo menos um mês do cara se vestindo todos os dias para ele ser liberado. É o famoso dois coelhos com uma cajadada só (e a vontade de escrever caixa d’água?). Conto com a preguiça do pequeno em se vestir para postergar o máximo possível a entrada do refrigerante no nosso cotidiano. E ao mesmo tempo, se ele quer ter o direito de uma criança mais velha para tomar uma soda, tem que demonstrar alguma autonomia se vestindo sozinho. Não é prêmio, é consequência, acho eu (mas a linha é muito tênue e passível de debate). E o que vocês acham? Como lidam com o refrigerante? E o se vestir sozinho?
Video de animação pra lá de fofo do gato pianista e do rato platéia. Feito pela aluna da Calarts, Madeline Sharafian.
Semana passada postei um outro filminho dela, lindo, que foi seu trabalho de graduação.
Coisas randômicas lidas e vistas hoje de manhã, vai que você acha graça em alguma delas?
– ótima coluna da Rosely Sayão de hoje, sobre a empatia e como isso poderia fazer o nosso mundo melhor;
– uma palestra do TEDex sobre violência doméstica: Jackson Katz advoga que a sociedade como um todo e os homens em específico parem de focar no alvo da violência em sí e se volte para quem a faz, que, bom, são os próprios homens. Bom para refletir sobre que tipo de filhos se quer criar nesse mundo. (tem legenda em português, é só clicar na janelinha); (via upworthy)
– livro para meninas do Mark Twain;
– Finalmente, depois de 17 anos e a perícia mais mal feita do mundo, peritos hoje provam que Suzana Marcolino não matou PC Farias.
– Filme comprido e lindíssimo sobre a visão dos astronautas sobre a terra, vale muito à pena se você entende inglês e tem paciência, hoje, 20 minutos num video na internet é quase que uma eternidade… (via upworthy)
O que isso tudo tem a ver com criar filhos? Olha, pode parecer que não tem muito, porém contudo todavia, não precisamos de coisas óbvias para nos lembrar a importância das relações humanas, como a sociedade tem vícios que demandam mudanças conscientes, que ler e livro são deliciosamente bons, não só obrigatórios ou chatos, que continuamos a repetir os mesmos erros e que tudo isso importa quando podemos ver o mundo de outra perspectiva. Acho que tem tudo a ver, né?
Semana passada, o artista holandês Florentijn Hofman levou seu pato de borracha gigante para o porto de Victoria, em Hong Kong. O pato gigante e inflável já passou por diversas cidades do mundo, inclusive por São Paulo. Ficou hospedado no SESC Interlagos durante uma Mostra SESC de Artes em 2008. Dentro de um lago é muito legal de ver, mas no mar, entre os barcos e navios do porto super movimentado? Ah, é outra história!
Depois de sua visita ao Brasil na mostra do SESC, o artista voltou para um segundo projeto, o Macaco Gordo, que foi feito em 2010 durante o Pixelshow:
No salão vazio, o sol entra pelas janelas. Uma menina e um menino treinam kung fu. O ambiente é silencioso e calmo, mas, mesmo assim, eles fazem palhaçadas para a professora entre um golpe e outro. Ela não ri, tampouco faz cara feia, tratando-os com seriedade e ternura.
Poucas vezes na minha curta vida de mãe vi crianças serem levadas tão a sério. A cada chute ou sequência acertados, a professora olha seus alunos com aprovação, e o efeito do seu olhar é sentido mesmo por quem assiste à aula de longe.
E lá voltam os dois a executar o kati (sequência de movimentos e golpes que são a base do ensino do kung fu) –o primeiro sai mais ou menos, o segundo, bom, e o terceiro, bem melhor. Nenhum dos dois está competindo; eles estão praticando. E uma coisa é tão diferente da outra, né? Cada nova sequência é uma vitória sobre a anterior, melhor, mais acertada.
Penso com meus botões em como esse ambiente é muito distinto do que se imagina ou se propõe hoje em dia para crianças e adultos: sempre é preciso ter música, barulho, cor e diversão para valer. Parece que ninguém aguenta ou pode ficar quieto e concentrado –como se o silêncio fosse a morte e não apreciação do estar vivo.
Ao sair da sala, as crianças fazem uma reverência às fotos dos mestres daquela escola, que estão na parede, e, rindo, correm animadas para encontrar a mãe.
Quando a gente chega em casa cansado, triste, faminto, acabado e ainda por cima tem que fazer o jantar, affff, que tristeza… Mas se alguém fica com pena e faz a comida, que alegria! E se é o nosso cachorro então? E se a trilha é “Águas de Março” da Elis e do Tom? Segundo a diretora, Maddie Sharafian o filme é uma homenagem à sua família que é super amante da cozinha e da comida. Esse é o seu projeto de 2º ano do bacharelado de animação de personagens da CalArts, demais né?
