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Cafuné

por Clarice Reichstul

Perfil Clarice Reichstul é formada em cinema e escreve semanalmente na Folhinha

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Via Láctea

Por Folhinha
13/04/13 00:01

Bernardo, que tinha mordido a isca das aranhas de Marte, foi içado com rapidez para o alto e desapareceu de sua classe num espirro, deixando apenas uma mochila vermelha no chão. Enquanto isso, outras 35 crianças terrestres passavam pela mesma coisa: todas caíram no velho golpe do fio brilhante das aranhas de Marte e foram içadas com rapidez ao distante planeta.

A princípio, Bernardo sentiu frio ao ultrapassar a estratosfera, mas era tudo tão impressionante, que ele logo se esqueceu do desconforto. As estrelas, galáxias e buracos negros passavam por sua cabeça como num filme; tinha certeza de que, se esticasse a mão, tocaria nos cometas e asteroides que cruzavam seu caminho.

O espaço sideral era transparente e absoluto, infinito para onde quer que olhasse. Passou por nebulosas e constelações, deu uma volta por Saturno, quase conseguiu patinar em um dos anéis brilhantes. Foi a Plutão, o frio aumentou. Quando não dava para aguentar mais, começou a voltar em direção ao Sol.

Você pode achar esse caminho esquisito, afinal, pra que tanta volta se Marte é logo ali depois da Terra na ordem dos planetas? É que parte da estratégia das aranhas era dar uma maravilhada nas crianças –assim, todas chegavam abestadas, como se ser capturado por um fio que leva até outro planeta já não fosse maluco o suficiente.

******

Essa é a 4ª parte da história Aranhas de Marte,  o começo da história pode ser lido aqui:

Aranhas de Marte parte 1

Aranhas de Marte parte 2

Aranhas de Marte parte 3

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Desconstrução improvisada

Por creichstul
12/04/13 11:10

O Reggie Watts é um comediante e músico americano cujas apresentações misturam improviso em música e humor, basicamente. Beatboxer, com o auxílio de uma mesa de som que vai sobrepondo loops de sons que ele produz durante a apresentação, ele cria músicas inteiras à capela, sem nenhum outro instrumento além de sua voz. Tá complicado de entender? Esse video explica como a coisa funciona e é fascinante!

 


(via the kidshouldseethis)

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Histórias tristes

Por creichstul
09/04/13 14:33

Semana passada fui assistir a uma cabine do filme “Meu Pé de Laranja Lima” adaptado do  livro do mesmo nome de José Mauro de Vasconcelos, um dos clássicos da literatura infanto-juvenil brasileira. Eu não li o livro quando era criança, apesar de ter uma cópia do tal na casa da minha mãe, nem sabia direito qual era a história. Fui para o cinema no escuro, o que é bom.

Chorei pencas.  Litros e litros de lágrimas escorridas sexta feira de manhã num cinema da Paulista. Certamente o livro é tristíssimo, mas fiquei me perguntando se o diretor não pesou um pouco a mão em alguns momentos ao deixar tão explícitas cenas de violência física e humilhação do personagem principal, o Zezé. Enfim, saí do cinema ouvindo a conversa de umas jornalistas que também estavam na sessão discutindo se o filme era ou não para criança, se não era muito triste e talz.

Obviamente me perguntei isso também e a minha primeira resposta, instintiva, era que não, esse não era um filme para crianças, apesar de tratar da infância, era um filme para adultos, porque a violência do pai alcóolatra, dos colegas de escola, irmãos e irmãs do personagem principal era tamanha que eu não conseguia imaginar uma criança assistindo aqui e não ficando traumatizada pela história. Vejam bem, esse foi o meu primeiro pensamento, sem nenhuma elaboração, puramente instintivo.

E ele me fez perguntar a seguinte pergunta: por que diabos nós pais não deixamos ou ficamos tão assustados em colocar nossos filhos diante de histórias tristes ou que tenham um final infeliz? O que é que dá tanto medo? Não queremos ver nossos filhos chorarem? Não queremos que eles sofram? Mas o que é a vida senão uma eterna luta contra o sofrimento, a tristeza e o medo?

Já me perguntei sobre isso quando fomos assistir Frankenweenie e na época precisamos sair do cinema porque todas as crianças conosco estavam com medo. O Benja se recusa terminantemente a assistir o Procurando Nemo porque é “muito triste”. O que fazer numa situação dessas? Quando assistimos filmes juntos e o Benja chora em alguma cena triste, tento explicar para ele que não adianta assistir o filme e parar na cena triste porque senão ela nunca vai se resolver, temos que ir até o fim para ter a alegria do final feliz. Como explicar para um gnomo de 5 anos que a grande graça de ouvir e ver histórias é justamente essa montanha-russa de emoções, essa possibilidade de sentir medo em segurança, ficar triste com o destino alheio, feliz com algo que não existe? Como vocês fazem?


O filme “Meu Pé de Laranja Lima” entra em cartaz nos cinemas no dia 19 de Abril e tem classificação indicativa de 10 anos.

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The Jazzy Spies - os espiões jazzísticos (!?!)

Por creichstul
08/04/13 16:39

 

Que o Sesame Street (Vila Sésamo aqui no Brasil) foi um programa infantil revolucionário, divisor de águas lá no final dos anos 60, ninguém duvida. Todos que tem filhos ou foram criança nessas últimas décadas esbarraram com alguns de seus personagens por aí, seja num brinquedo, roupa ou no programa de TV em sí.

Além dos bonecos que são as coisas mais famosas do programa, existem uma série quase infinita de animações com e sobre cores, letras, números, formas geométricas e afins. The Jazz Numbers, também conhecido como  Jazzy Spies é uma dessas séries de vinhetas que apresenta os números de 2 a 10 em ritmo frenético e psicodélico de jazz. É muito legal porque a música não é “de criança”, o vocal da Grace Slick (do Jefferson Airplane) está mais para o experimental do que foforrucho.

Procurando no youtube dá para ver os nove videos, aqui vão os meus favoritos: 2, 7 e 10.




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Meninos em dúzia

Por Folhinha
06/04/13 00:01

Lá no fundo da caverna escura, nas profundezas profundas do planeta Marte, uma sineta toca. Logo, outra começa a tocar também. E mais uma aqui, outra ali; agora bimbalham freneticamente centenas de sinetas de sons claros e luminosos.

As aranhas de Marte, tricotando em suas teias, pulam de susto com a barulheira e já começam a esfregar as patas. O tocar dos sinos significa que as presas morderam as iscas! Três dúzias de meninos terrestres engancharam-se na linha de pesca intergaláctica e estão prontos para serem abduzidos para virarem empadinhas marcianas. A lista de ingredientes dessa delícia da cozinha espacial é extensa –além dos 36 garotos, vai uma porção de outras coisas que as aranhas demoram um bocado de tempo para reunir.

Mas, como elas são gulosas e pacientes, vão juntando os ingredientes com afinco e método. Só faltava mesmo as tais das três dúzias de meninos terrestres. Elas não tinham preconceito quanto à cor, sexo ou religião. Mesmo as crianças mais magrinhas rendiam um caldo delicioso, essencial para o sucesso da receita.

Na Terra, Bernardo já tinha se acostumado com o tal do fio transparente grudado em sua mão e guardava suas coisas na mochila para voltar para casa. Sentiu o fio puxar de levinho e não deu atenção.

E, num estante, zupt! Bernardo desapareceu da sala de aula, deixando os colegas em volta abestalhados.

********

Essa é a 3ª parte da história Aranhas de Marte,  o começo da história pode ser lido aqui:

Aranhas de Marte parte 1

Aranhas de Marte parte 2

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Vida de autor de livro infantil

Por creichstul
04/04/13 20:08

Já se perguntou como é a vida de um autor de livros infantis? Eu vivo me perguntando, he. O Oliver Jeffers, autor de um dos livros favoritos aqui de casa, o “Como pegar uma estrela” (editado no Brasil pela Salamandra) nos mostra como.


(via swissmiss)

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02 de Abril - Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Por creichstul
02/04/13 14:14

Hoje é o dia mundial da conscientização do autismo, disfunção que afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento em uma em cada 88 pessoas no mundo. É uma patologia complexa, cuja origem pode ser relacionada a genética dos pais, condições ambientais ou mesmo problemas durante a gravidez. A maioria dos casos não é identificada cedo – talvez pela grande variedade de sintomas que a patologia apresenta, cada autista desenvolve um conjunto só seu, o que dificulta a sistematização e acesso ao diagnóstico, assim como essa mesma maioria não tem acesso a tratamentos que possiblitariam um maior desenvolvimento da criança.

De qualquer maneira,  se a chegada (ou descoberta) de uma criança autista em sua família já é um desafio grande (que tem dores e alegrias próprias), penso que uma das coisas mais complicadas (olha que eufemismo) é a convivência na escola e em outros ambientes fora de casa. Vivemos numa sociedade em que o diferente geralmente é tratado como errado, feio, vergonhoso. Vemos isso diariamente em todas as searas que envolvem questões de direitos humanos – da pauta LGBTT x Fanatismo Religioso, xenofobia, misoginia, “pobrefobia”, racismos dos mais diferentes estilos.

Aprendemos desde cedo a não respeitar as diferenças,  a não aceitar tempos diferentes dos nossos, a não ouvir o que o outro tem a dizer, aprendemos que o certo é nos adequarmos ao esperado, ao normal. Mas já aqui estou viajando e não me atendo ao ponto inicial, talvez porque ainda não escrevi nada sobre a mobilização contra o deputado Feliciano como presidente da comissão dos direitos humanos no parlamento e o que isso tem a ver com os nossos filhos e filhas.

Mas voltando ao assunto inicial, falta informação para todo mundo sobre o autismo, principalmente para quem está à volta. Porque as famílias de autistas são de uma maneira ou de outra obrigadas a buscar algum tipo de informação ou mesmo a aprender na marra como se convive. Mas e o resto? Só tolerância (apesar de eu odiar o termo – sempre me parece que tolerar é aguentar uma coisa de que não gostamos) é o suficiente? É um começo, vá lá. Mas é pouco. É pouco porque não ensina a conviver. E se o autismo é uma patologia que atinge principalmente a questão da convivência e a comunicação, ao não conviver não acabamos agravando a situação?

 


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Aranhas (parte 2)

Por Folha
30/03/13 00:01

No céu azul da manhã, brilhou um fio. Um fio transparente, quase invisível. Só dava para ver quando batia o sol e, mesmo assim, de um ângulo específico, meio de baixo para cima.

Bernardo estava indo a pé para a escola quando viu aquele brilho engraçado. Ficou curioso, afinal, não é todo dia que a gente vê um fio pendurado no céu, quero dizer, pendurado em alguma coisa ou em algum lugar acima do céu, porque não dava para ver a ponta de cima dele.

Olhou admirado para o tal do fio, tão fino, tão incolor. De onde será que ele vem? Não resistiu e encostou nele. Não é que o fio grudou em seu dedo e não queria soltar de jeito nenhum? Tentou uma, duas, três vezes se desgrudar do tal do fio, mas nada.

Como estava ficando atrasado para a escola, resolveu não dar bola para o dito cujo e seguiu seu caminho. Atravessou a rua na faixa, passou em frente à padaria, à banca de jornais e ao ponto de táxi com o fio grudado em seu dedo, e ninguém percebeu.

Passou pelo portão bem na hora do sinal, foi correndo para a classe e entrou segundos antes de o professor chegar. A manhã transcorreu normalmente: aula chata, aula legal, futebol no intervalo, aula de educação física, cochicho com as meninas no corredor, enfim, tudo igual. Quero dizer, igual, igualzinho, não. Afinal, tinha aquele maldito fio grudado no dedo, o que ninguém achava estranho ou anormal.

De onde será que ele vinha?

********

Essa é a 2ª parte da história Aranhas de Marte, a 1ª parte pode ser lida aqui:

Aranhas de Marte parte 1

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Suco de Água

Por creichstul
27/03/13 17:42

– Mãe, me dá suco?

– Só tem suco de água, pode ser?

– Mas mãe! Para de mentir, suco de água não é suco, é água!

Temos esse diálogo todos os dias. Eu tentando que o Benja não beba tanto suco nas refeições, ele tentando driblar a mãe para tomar suco, refrigerante e qualquer coisa mais docinha que apareça por aí. O que vocês fazem nessa situação? Porque ela é recorrente. E não importa quantos nãos eu dou, ele sempre corre atrás de um sim. Me pergunto se duas semanas de água resolvem a questão ou o suco já virou mandatório e eu perdi a batalha. Porque parece que cada vez que eu cedo numa coisa (doce durante a semana, refrigerante, batata frita, tranqueiras em geral) o cara entende que aquilo é um direito adquirido e irrevogável.

Isso serve para o suco, comida, tv, computador, qualquer coisa. Difícil fazer com que a exceção não se torne a regra e o grande show da birra comece, porque invariavelmente o choro vem depois da proibição do pseudo-direito adquirido. Ser mãe-ditadora não é fácil!

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Bottle (Garrafa) - Dir: Kirsten Lepore

Por creichstul
26/03/13 10:39

Curta de animação em stop motion lindo de Kirsten Lepore, conta a história de uma troca de mensagens em garrafas entre seres distantes. Doce, engraçado, triste, meio como a vida tem que ser. (via thekidshouldseethis) 


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