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Cafuné

por Clarice Reichstul

Perfil Clarice Reichstul é formada em cinema e escreve semanalmente na Folhinha

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Dentes-de-leão

Por Folhinha
24/08/13 00:01

Apanhar dentes-de-leão para assoprá-los requer toda uma ciência, que, através de anos e anos de experiência prática, hoje posso dividir com vocês.

O dente-de-leão, ou Taraxacun officinale (nome científico da planta), nada mais é do que uma florzinha amarela comum em qualquer mato. Quando assoprada, abre-se em globo de penugem voadora. São centenas de microparaquedas ou helicópteros que voam pelo vento carregando sementes.

Assoprar essas belezinhas é um prazer quase tão incrível quanto o de estourar maria-sem-vergonha, assoprar bolha de sabão, chupar jabuticaba ou comer uma amora sumarenta.

Se as sementes no globo da plantinha estão muito juntas ou se sua penugem está muito espessa, pode apostar que o dente-de-leão ainda não está maduro o suficiente. Então, elas não voam com uma assoprada. Geralmente você perde o fôlego, e nada de elas voarem.

Os bons mesmo são aqueles com o caule amarronzado, começando a ficar seco. Se você olhar o globo deles, poderá ver que os helicópteros estão meio separados. Ele é quase transparente, as sementes estão afastadas. Nos dentes-de-leão desse tipo, basta um sopro leve ou um simples movimento de mão para que os guarda-chuvinhas voem longe, bem alto, dançando no vento.

Mas não vá fazer a bobagem de assoprá-los contra o vento, pois voltarão na sua cara. Assim, não farão o que precisam: voar para longe do pensamento, levando um desejo de felicidade.

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Kung Fu, the Grandmaster, Bruce Lee e Won Kar-Wai

Por creichstul
23/08/13 15:53

Kung fu é uma das coisas mais fascinantes do universo, bom, pelo menos aqui em casa. Depois que começamos a fazer aula então, upa lá lá. Não sei quando estréia aqui no Brasil “The Grandmaster”, mas filme de kung fu, feito pelo Won Kar-Wai é meio que covardia, ainda mais se você colocar na mistura o Ip Man, que foi o mestre do Bruce Lee, que é interpretado pelo muso chinês eterno Tony Leung (essa é a parte que mais interessa às mães). Emoções adultas à parte, depois de ter enfiado todos esses videos de luta aqui, me perguntei a pergunta óbvia e ululante: mas pode mostrar isso pra criança?  Bom, levando em consideração todos os filmes de Vingadores, Homem de Ferro e Thor que o meu filho tem assistido recentemente, acho que esses aqui são fichinha perto da matança descontrolada que rola nesses filmes. Além de que, as situações são sempre tão surreais, que o fato de ser uma luta feita com as mãos não os torna menos fantasiosos.  Bão, se você for mostrar (ou não) para as crianças esse trailer, tenha o cuidado de colocar na melhor definição e na maior janela possível, porque isso é uma das coisas mais lindas  que tá teno.


 

E  já que o mood é de luta, não custa nada rever algumas cenas clássicas da infância de muitos pais por aqui:

 





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Aplicativo sobre o corpo humano

Por creichstul
19/08/13 12:25

Não sou muito ligada em apps nem possuidora de um ipad, portanto não sou uma fonte confiável das últimas maravilhas da tecnologia no que diz respeito aos aplicativos para smart phones e tablets. Porém, contudo, todavia, (ainda bem que existe essa expressão “porém, contudo, todavia”, né?) de vez em quando – praticamente sempre, a gente tem que dar o braço a torcer e admitir que, poutz, como isso é DEMAIS!!!

Meu pai baixou um aplicativo em seu ipad chamado The Human Body, o primeiro produto da Tinybop, um estudio interativo que está se dedicando a produzir aplicativos infantis educativos que além de bons, do ponto de vista do conteúdo, são lindos. Lindos, lindos, lindos, esquece o drama da cafonice da Galinha Pintadinha, o horror que são os Backyardigans ou a direção de arte genérica da Angelina Bailarina. Não, isso é lindo, demais da conta.

Além de tudo, esse aplicativo apareceu em excelente hora, o Benjamim está vendo o corpo humano na escola, então dá uma super animada no assunto. O legal é que a exploração que ele propõe do corpo humano se dá em camadas, lembrando aquelas imagens cheias de transparências da Barsa ou dos antigos livros de biologia. Não tem nivel, não tem prêmio, é pura exploração do funcionamento do corpo nos seus mínimos detalhes. Kelli Anderson, que desenhou cada um dos elementos do aplicativo, tem um post super legal em seu blog a respeito do processo de produção.

 

Nos divertimos à valer! Para mostrar como o olho funciona, o aplicativo usa a câmera, mostra direitinho como a imagem é formada no fundo da retina, você pode ir aprofundando as camadas internas, é uma maravilha!

 


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Ideias de girino

Por Folhinha
17/08/13 00:01

Ideia de jerico ou de girino? Sempre ouvi dizer que ideia de jerico era ideia de burro. Aliás, jerico quer dizer burro mesmo. Mas venhamos e convenhamos que, se a ideia fosse de girino, ela seria muito mais burra, né?

Afinal, se você comparar o cérebro de um girino com o de um jerico, acho que o do burro ganha em disparada.

Mas você pode argumentar que tamanho não é documento. A gente às vezes é bem mais esperto do que um elefante ou uma vaca, que eu acredito que tenham cérebros muito maiores do que os nossos e do que os dos girinos, que são puro cabeção e um reles rabinho.

 

Mas pense na imagem!

Aquela cabecinha que a gente insiste em achar que é um peixinho estranho –mesmo que os anfíbios e os peixes sejam bichos completamente diferentes– faz parecer que uma ideia de girino é “ultra master blaster” menor do que a ideia de um jerico.

Tudo bem que o jerico empaca e o girino segue com a correnteza –se eu fosse zen-budista, acharia o girino bem mais esperto por causa disso.

Mas, e se eu fosse um girino e a correnteza me levasse a um brejo seco onde eu morresse esturricado? Se eu fosse jerico, teria empacado muito antes de chegar a essa lama. Empacar pode ser sinal de inteligência.

Um girino com corpo de jerico, um jerico com rabo de girino, o cérebro dá voltas e a ideia empaca, feito um jerico embirrado.

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Bob Burnquist

Por creichstul
13/08/13 10:04

Se eu fosse mãe do Bob Burnquist, eu ia ter um seguro especial de saúde contra enfartos. Mas como eu não sou mãe dele, bão, só me resta mostrar esse video mais do que incrível para o Benjamim e torcer para ele não resolver fazer igual aqui em casa no sofá. Porque como diria o Benja, putz grila! (p.s.: assista na janela e qualidades melhores possíveis, vale cada segundo a mais)

 

 


(via thekidshouldseethis)

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Tchau, vovô Lício

Por Folhinha
10/08/13 00:01

O Velório Municipal do Barreiro é um prédio simples. É ali que, sentados em bancos de cimento, no pequeno pátio, familiares e amigos velam seus mortos.

Vovô Lício estava no caixão, coberto de flores e com uma camiseta do time América sobre o peito. Benjamim entrou correndo na salinha, queria ver o que todos estavam olhando. Seu pai ficou aflito, com medo da reação do menino frente ao morto.

Esse é um medo comum entre nós, os adultos. Benjamin chegou bem pertinho da cabeça do avô. Primeiro, um pouco ressabiado. Depois, já estava mais à vontade.

Perguntei se ele estava com medo. “Não, eu não estou com medo. Estou triste.” Ao longo do velório, ele foi e voltou ao caixão. Deu beijo, contou segredos e fez carinho no corpo do homem que não estava mais lá. Nessas idas e vindas, se despediu.

A tristeza, durante o velório, se mistura ao papo do dia a dia, como se ela tivesse um certo prazo de validade. Nem a dor mais doída resiste ao riso frente ao comentário sobre a filha da vizinha do avô, que morreu naquela manhã tão linda, em que o sol convidava todos a viver a vida sob sua luz.

A dor vem em ondas e assim também se vai. Uma hora, chora abraçado na avó. Em outra, brinca de coceguinhas com o André.

Pois é, o vovô Lício mágico se foi. E, além das saudades, ele deixou meia dúzia de adivinhas sem respostas para a gente resolver.

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Ensaio de dança

Por Folhinha
03/08/13 00:01

Bailarinas conversam em rodinha na coxia do teatro. Outras se alongam sobre o palco, enquanto um casal ensaia os passos de um “pas de deux”. O ensaio do Grupo Corpo vai começar.

Estamos na sede da companhia de dança, na cidade de Belo Horizonte, quando Benjamim logo pergunta: “Mãe, mas homem também usa sapatilha?”. Usa, ué. Sapatilha é sapato para quem dança, não importa o sexo.

A música começa seca e estranha. Os movimentos dos bailarinos seguem os compassos. Se você resolve viajar um pouco, é como se cada bailarina correspondesse a um instrumento musical. Corpos absurdamente fortes carregam outros corpos como se fossem feitos de plumas. “Olha mãe! O golpe do macaco! E duplo!”, diz Benjamin.

Bom, não é o kung fu que Benjamin estava pensando. Mas os movimentos também não são de balé clássico. Em vários momentos, nos surpreendemos com piruetas e saltos acrobáticos.

É verdade que ver o ensaio não é a mesma coisa que assistir a um espetáculo. Todos os bailarinos estão meio “mulambentos”, não é utilizada a mesma luz nem os mesmos figurinos e cenários. Mas, mesmo assim, somos transportados para um lugar mágico, onde a conversa é feita com braços, pernas e quadris.

A viagem é boa e saímos contentes. Se o Benjamim gostou? Mais tarde, no mercado, ele dançava imitando os movimentos vistos no ensaio. Acho que gostou, sim.

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Buster Keaton

Por creichstul
01/08/13 12:33

Dos comediantes da era do cinema mudo, Buster Keaton foi um dos maiorais. Era o palhaço com cara triste e melancólica, rei da comédia física. Dos assuntos mais tristes aos mais banais, ele era capaz de fazer tudo engraçado, sem dar uma risadinha.






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Fotos de adultos e crianças

Por creichstul
30/07/13 09:51

Essa série de fotos é hilária. São adultos reinterpretando suas fotos de criança. A minha favorita é essa dos super-irmãos, mas tem várias outras no site de rolar de rir.

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O taxista cantor

Por Folhinha
27/07/13 00:01

Na cidade de Belo Horizonte, mais precisamente no bairro Jardim América, na rua Indiana com a rua Gávea, existe um ponto de táxi que guarda um segredo que poderia ser milenar, mas que tem só uns 50 anos de idade.

Não é um cachorro falante nem um carro movido a energia solar.

É o taxista cantor.

Sim, senhoras e senhores, na cidade que é capital do Estado mineiro, do leite e da mineração, vive seu José, taxista e cantor, cantor e taxista, não importa muito a ordem da nomenclatura.

É só você entrar no táxi dele e zás! Ele coloca pra tocar sua última obra, ainda em produção, sobre as maravilhas turísticas de 12 Estados brasileiros.

Dá-lhe tuiuiús, Pantanal e jacaré para o Mato Grosso. Maracanã, praia e a misteriosa Candelária para o Rio de Janeiro. Cana-de-açúcar, café e avenida Paulista para São Paulo. É, pessoal, o Brasil está cheio de maravilhas a serem descobertas.

Assim como seu José, que já gravou outros quatro CDs, todos eles a respeito das coisas que existem em Minas Gerais, como cidades, celebridades e clubes esportivos.

Neste último disco, porém, ele quis expandir os horizontes e resolveu falar de outros lugares. E não apenas de sua terra natal.

Olha, não sei dizer assim de pronto o quão bom é o disco do seu José. Mas o Benjamim foi sambando a corrida inteira e quase pediu o autógrafo do taxista cantor.

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